Sondagem realizada na capital paulista junto a 130 lojistas dos setores de vestuário e eletroeletrônicos, tradicionalmente os mais beneficiados pela movimentação provocada pelo Natal, mostra estimativa de queda de 3% nas vendas em relação ao ano passado. A sondagem foi realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Segundo a entidade, normalmente as sondagens anteriores às datas comemorativas feitas com empresários afetados pelas mesmas tendem a trazer respostas conservadoras. O que ocorre é que, passada a data, a tendência é de que os resultados sejam um pouco melhores do que os apontados na prévia. Por esse motivo, a FecomercioSP mantém sua previsão de aumento de vendas de 2,4% na capital e de 3,3% no Estado durante todo o mês de dezembro.
A perspectiva está relacionada diretamente à queda de confiança do consumidor e de empresários em relação à economia. Mais da metade do comércio em geral afirmou que não pretende realizar ações promocionais (61%) ou publicitárias (78%) para incrementar as vendas. A justificativa está na escassez de verba específica para este tipo de ação, uma vez que grande parte dos estabelecimentos são de pequeno porte.
A sondagem revela também que quase metade dos empresários acredita que os estoques estão inadequados (28% acima do desejado e 22% abaixo do adequado).
Com relação à contratação de temporários, 45% das empresas afirmaram terem contratado entre um e dois funcionários. A sondagem também mostrou que 74% dos empresários costumam efetivar os temporários. O varejo, em especial, é considerado a porta de entrada ao mercado de trabalho nesta época do ano.
Entre as modalidades de pagamento, a maioria dos empresários (64%) acredita que o cartão de crédito continuará como primeira opção entre consumidores paulistanos.
- A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -, gerando em torno de cinco milhões de empregos.