Em uma semana que estamos sensíveis ao dia internacional da Mulher, olhar para essa mulher contemporânea desde as russas na primeira guerra buscando seu espaço mostra uma evolução principalmente vendo o ambiente corporativo que abre um espaço para sensibilidade feminina nas lideranças.
Olhando nosso país quem imaginaria a posição de presidente da republica sendo representado por uma mulher!
Sou uma mulher que ama essa condição de estar encaixada em nosso feminino, em nossa identidade para viver a arte de liderar com bem estar e seguindo nosso modelo que é nosso, diferente de querer copiar o modelo masculino, que tem seu valor quando desenvolvido por um homem.
Há diferenças significativas entre homens e mulheres que ocupam cargos de liderança, o que é absolutamente natural.
A que me chama mais a atenção é a sensibilidade, que nós, mulheres, podemos ter e usar com coragem no dia-a-dia, a sensibilidade para perceber o sistema todo e depois ir até o detalhe - se for útil- Isso é uma competência que temos e considero de grande valia! Os homens, mesmo os sensíveis, têm ainda receio de demonstrar essa competência por considerarem muito feminina ou ligada a fraqueza, uma grande distorção, pois lidar com suas emoções faz uma pessoa ficar mais forte para viver a vida, tomar decisões e seguir seus objetivos. Então podemos afirmar que a sensibilidade é fundamental para um líder.
Temos a crença de que ser sensível é o velho ditado “crença limitante” que homem não chora!
Os homens ainda convivem com o velho preconceito que não podem chorar pois seria uma demonstração de fraqueza. Li um artigo de Mariana Araguaia, graduada em Biologia, da Equipe Brasil Escola, que dizia: “aproximadamente 75% dos homens e 85% das mulheres sentem-se melhor depois de chorar: e isso não é por acaso. Em determinadas situações, nosso cérebro produz certas substâncias, como a prolactina, que ativam a ação das glândulas lacrimais. Esta, cujas concentrações aumentam em momentos de estresse, reduz novamente sua quantidade quando começamos a chorar; tal como a adrenalina. Este fator, aliado à liberação de substâncias como a leucina-encefalina, noradrenalina e serotonina, nos proporciona uma sensação anestésica e de calma, aliviando a angústia e liberando a tensão.”
Portanto, esse fator cultural que “proíbe” os homens de serem sensíveis coloca a mulher numa condição de vantagem. Podemos chorar e muito, lógico que sempre com “foco”.
Naturalmente fazendo um paralelo podemos, como mulheres profissionais, demonstrar sensibilidade em nosso contexto profissional e por favor mulheres no pessoal também podemos, pois muitas mulheres que nos procuram esqueceram como é ativar sua sensibilidade feminina, sua doçura, sua flexibilidade e amabilidade.
Hoje no Instituto de Thalentos o nosso maior publico ainda são as mulheres, elas representam 80% da nossa clientela anual de 2400 pessoas que anualmente passam por aqui, 80% é de mulheres que tem demandas de Coaching Executivo, Cursos e Processos Psicoterápicos com PNL, abrindo espaço em suas vidas para lidarem melhor com as expectativas externas e as expectativas internas com o seu novo papel de Mulher Profissional e Pessoal.
Acredito que nossa clientela feminina existe em maioria por uma razão simples, nós somos preparadas para tomarmos decisões, esquecemos disso muitas vezes! Decidimos o que fazer muito cedo, como fazer, como socorrer, como amparar, como dar limites, como escolher, como organizar um quarto, uma viagem, uma casa e nossa vida.
Quando nos preparamos para realizarmos uma mudança e acreditamos, somos determinadas e congruentes, seguimos até o fim!
Como mulher e líder, já tomei muitas decisões importantes na vida profissional e pessoal e quando sento com outras mulheres descubro sempre histórias lindas! Histórias de propósito, de amor e de força com ternura. Mesmo que os envolvidos nem percebam a ternura, ela esta lá na saída de um emprego, no desfecho de um casamento, no desligamento de um profissional ou na hora de mudar a direção de uma empresa.
Lógico que sei que os homens também em sua liderança maravilhosa fazem os mesmos processos decisórios, agora a forma que a liderança feminina e masculina atuam é diferente e aí tem beleza, principalmente quando cada um respeita sua autenticidade.
Quanto mais focalizarmos nossa atenção em respeitar nossas características na liderança e na vida sem comparações com os modelos masculinos e com o foco no resultado, mais fácil será exercer com graciosidade esse nosso papel!