O salário médio das mulheres gaúchas equivale a 75,3% dos rendimentos de umtrabalhador do sexo masculino no Estado. Mesmo com um aumento médio de 4,1% em seus rendimentos, as empregadas do sexo feminino ainda ganham em médiaR$ 487 a menos do que os homens por mês. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Estado, divulgada nesta quinta, às vésperas do Dia da Mulher.
Na passagem de 2012 para 2013, a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho diminuiu: no ano anterior, a média dos salários no sexo feminino representava 74% dos rendimentos dos homens. A situação melhorou também se analisada por setores. No pior deles, a indústria de transformação, o salário médio de uma mulher ainda é apenas 66,3% do salário masculino. O setor que chega mais próximo da igualdade é o do comércio – nessa, porém, o percentual diminuiu: em 2012, era de 76,8%, mas caiu para 75,8% no ano passado.
Como a jornada semanal média é diferente entre os sexos, um índice importante é o rendimento médio real por hora trabalhada. Em 2012, esse indicador cresceu no mercado de trabalho feminino (média de R$ 8,65 por hora em 2013, ante R$ 8,11 no ano anterior) e também entre os homens (de R$ 10,22 em 2012 para R$ 10,45 em 2013). Em 2012, as mulheres ganhavam em média 79,4% do que ganhavam os homens por hora, e esse percentual aumentou para 82,8% em 2013.
A formalização das relações de trabalho também aumentou, principalmente entre mulheres. O número de empregadas com carteira de trabalho assinada aumentou 4,6% na passagem de ano, enquanto as sem carteira assinada diminuiu 4,6%. Entre os homens, o índice de trabalhadores com carteira assinada também aumentou, cerca de 1,7%. O número de homens sem carteira assinada diminuiu consideravelmente: 12,6%.