A taxa de juros cobrada na concessão de crédito para pessoas e empresas subiu pelo décimo quarto mês seguido em julho no País, diante do receio das instituições financeiras com o cenário de inflação alta e baixo crescimento econômico, informou nesta segunda-feira (11) a associação de executivos de finanças, Anefac.
Segundo a pesquisa, das seis linhas de crédito consideradas para pessoas físicas, em três as taxas subiram (comércio, financiamento de automóveis e cheque especial), em duas a taxa se manteve (cartão de crédito rotativo e empréstimo pessoal) e em uma houve queda (empréstimo pessoal das financeiras).
A taxa média para pessoa física subiu 0,02 ponto percentual no mês (0,46 ponto percentual no ano), o que equivale a um avanço de 0,33 por cento no mês (0,45 por cento em 12 meses) passando de 6,03 por cento ao mês (101,9 por cento ao ano) em junho para 6,05 por cento ao mês (102,36 por cento ao ano) em julho, a maior desde julho de 2012.
Já a taxa média para empresas avançou 0,01 ponto percentual no mês (0,17 ponto percentual em 12 meses) ou alta de 0,29 por cento no mês (0,34 por cento em doze meses), evoluindo de 3,44 por cento ao mês (50,06 por cento ao ano) em junho, para 3,45 por cento ao mês (50,23 por cento ao ano) em julho, também o pico em 24 meses.
"As elevações podem ser atribuídas à piora do cenário econômico nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e crescimento econômico o que aumenta o risco de crédito", disse em nota o diretor executivo de Pesquisa e Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.