É necessário investir também na gestão do ambiente de trabalho considerando, pelo menos, 9 fatores que influenciam diretamente o engajamento das pessoas e impactam na produtividade.
1. Estrutura Organizacional
Uma estrutura hierárquica enxuta, com poucos níveis, além de facilitar o exercício da liderança, promove um ambiente de trabalho saudável e produtivo. As áreas de apoio, técnicas e administrativas, devem focar suas estruturas para contribuir nas soluções dos problemas e desvios do cotidiano.
2. Organização e Condições de Trabalho
Esse fator contempla 4 itens básicos que devem estar sob intensa e permanente vigilância da gestão: a saúde e segurança; os regimes, escalas, jornadas e horários de trabalho e descanso; e os níveis de pressão por produtividade em equilíbrio com os recursos disponíveis.
3. Serviços ao Pessoal
Os serviços higiênicos básicos, preconizados por Maslow e Herzberg, não chegam a ser motivadores, mas quando precários são altamente desmotivadores. Portanto, a solução é investir na gestão do transporte coletivo, vestiários, banheiros, alimentação, assistência médica e os demais que compõem o ambiente de trabalho.
4. Lideranças Internas
As lideranças, principal elo da relação capital – trabalho, funcionam como uma janela através da qual os colaboradores enxergam a empresa. Como tal, devem estar qualificadas e comprometidas, com responsabilidades e autonomia definidas e coerentes, para que adotem comportamentos e atitudes motivadoras e engajadoras perante suas equipes.
5. Colaboradores
Os colaboradores, como profissionais e cidadãos, trazem para a empresa, junto com sua formação e experiência, seus valores, sonhos, necessidades e expectativas. Compete à empresa conhecer este perfil e estabelecer com eles uma relação de parceria, por meio de contratos interpessoais de trabalho, que compatibilize as necessidades, desejos, expectativas e possibilidades de ambas as partes.
6. Comunicação Interna
Uma estratégia de comunicação eficaz capaz de promover reações positivas nos colaboradores deve combinar meios (escritos, verbais, áudio visuais, eletrônicos) e processos (de cima para baixo, de baixo para cima), capacitando e privilegiando os líderes como comunicadores oficiais da empresa perante suas equipes.
7. Políticas e Práticas de Recursos Humanos
Com o passar do tempo é natural que os colaboradores se acostumem e incorporem como rotina e até obrigação, as políticas e benefícios praticados pela empresa, fazendo com que eventuais falhas ganhem dimensão e visibilidade. Compete às organizações desenvolver estratégias e ações que promovam uma profunda reflexão, visando resgatar a valorização dos colaboradores em relação à empresa.
8. Relações Sindicais e Negociações Coletivas
Os sindicatos, como representantes legais dos trabalhadores, normalmente focam suas atuações não somente nas reivindicações de melhorias, como também nas falhas e reclamações ocorridas no cotidiano, que geralmente criam condições de antagonismo no ambiente de trabalho. A solução mais indicada é a construção e manutenção de uma agenda positiva com as lideranças sindicais, reduzindo os obstáculos naturais da relação empresa – sindicato.
9. Legislação Trabalhista
É imprescindível uma rigorosa e permanente gestão sobre as condições de trabalho, normas e obrigações trabalhistas, para proteger a empresa e o ambiente de trabalho contra a insegurança jurídica reinante no país. A ultrapassada legislação trabalhista, a intensa e muitas vezes viciada atuação dos órgãos fiscalizadores, as constantes alterações das interpretações da justiça trabalhista, representam expressivos riscos à produtividade das empresas.